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Anos atrás, apenas os executivos e pessoas com altos cargos, agendas lotadas e desgastes na vida corporativa chegavam ao limite da disposição – e da energia – por conta da grande quantidade de afazeres diários. Atualmente, com as transformações sociais e a tecnologia, as cobranças deixaram de ser apenas presenciais e migraram para os grupos de WhatsApp e e-mails corporativos, que podem ser acessados dos celulares. Dessa forma, a separação entre a vida profissional e a pessoal ficou confusa.
Hoje, os consultórios estão lotados de pacientes jovens, com idade entre 20 e 30 anos, vítimas da Síndrome de Burnout. Você sabe o que é isso? Ela ocorre quando há uma grande exaustão capaz de afetar a produtividade e a saúde.
A palavra burnout significa “queimar até o fim”, ou seja, a pessoa chega ao total desgaste físico e mental.
Segundo especialistas, a síndrome possui três dimensões: exaustão, esgotamento de recursos e despersonalização – que ocorre quando o profissional se distancia e trata com frieza o cliente e os colegas, além da baixa autoestima e da autoavaliação negativa do trabalhador.
Uma pesquisa feita pela International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR) aponta que 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem esta síndrome. No entanto, ela é rotineiramente confundida com outras patologias, entre elas a depressão.
Especialistas explicam que o profissional workaholic (viciado em trabalho) vai na contramão do profissional que sofre com o burnout. O workaholic busca e deseja trabalhar. No caso do burnout, a pessoa não quer mais ficar naquele trabalho, mas há várias questões pelas quais ainda permanece na situação de exaustão e não consegue sair
Em busca de destaque profissional, muitos funcionários mascaram seus sintomas para não afetar a produtividade. Em casos crônicos, a exaustão pode levar ao afastamento do serviço ou até mesmo à demissão,
Os especialistas dizem que o grupo com maior risco é o formado por profissionais que têm contato direto com as pessoas: médicos, enfermeiros, professores, assistentes sociais, policiais, bombeiros, jornalistas e vendedores. A vulnerabilidade aumenta pelo desgaste no cuidado com o outro. No entanto, o crescimento da síndrome também ocorre em outros setores de atuação.
Os sintomas vão desde o esgotamento físico e emocional até agressividade, isolamento, problemas de concentração e memória, ansiedade, baixa autoestima e tristeza.
Ela pode causar, ainda, dor de cabeça, sudorese, palpitação, insônia, crises de asma e distúrbios gastrointestinais. A diferença com a depressão é que a Síndrome de Burnout apresenta exaustão no seu diagnóstico.
Identificar o problema a tempo é importante para evitar despersonalização ou abandono da profissão. É importante também alcançar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Avalie o quão importante o trabalho é para você, como está se sentindo, como acorda para ir trabalhar todo dia. Esteja atento e não seja o tipo de pessoa que se reduz a acordar, trabalhar e dormir. Busque mais atividades prazerosas em seu tempo livre, e tente passar mais tempo desconectado e na companhia de amigos e familiares, deixando o trabalho totalmente de lado nos dias e momentos de folga.
Se você quer mais dicas para lidar com sua carreira, participe de nossa reunião do Congresso Para o Sucesso, que acontece todas as segundas-feiras, no seu Centro de Ajuda local.
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