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Solidão pode ser veneno para a saúde de idosos

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O círculo vai encolhendo. Os anos vão passando e os idosos vão a funerais demais. Amizades mantidas por décadas acabam à medida que companheiros e confidentes se aposentam, mudam de cidade ou adoecem.

Mas até mesmo em idade avançadas, novos relacionamentos podem ser criados e fortalecidos. O filho de Sylvia Frank, que se mudou para uma residência de vida independente em Lower Manhattan, em 2014, vivia repetindo que a prima de uma colega, Judy Sanderoff, iria se mudar para a mesma instituição. Ambas entraram em contato.

Agora, Sylvia, 91, e Judy, de 96, tomam café da manhã juntas praticamente todos os dias; jantam uma com a outra ou com outros amigos muitas vezes por semana.

A forma como priorizamos as amizades podem mudar. Laura Carstensen, psicóloga da Universidade de Stanford, desenvolveu uma teoria chamada “seletividade socioemocional”: à medida que as pessoas sentem que não têm muito mais tempo pela frente, desenvolvem relacionamentos superficiais para se concentrar naqueles que consideram mais significativos.

Inúmeras pesquisas recentes destacam a importância desses laços. O isolamento social e a solidão podem ter impacto fortíssimo nos idosos, tanto psicológica, quanto fisicamente.

Podemos entender os riscos do isolamento e de uma vida solitária. “Por inúmeras razões, ninguém se preocupa com as necessidades diárias do indivíduo – alimento, medicação, consultas médicas. A geladeira está vazia, mas não há ninguém para telefonar. As pessoas se sentem desesperadas e humilhadas”, diz Laura.

Elas também sofrem uma maior taxa de mortalidade e risco de depressão, declínio cognitivo e problemas de saúde como doença arterial. A solidão traz outros perigos: estudos demonstram uma associação entre ela e pressão sanguínea elevada, entrada em asilos e comportamentos de risco como falta de atividade e fumo.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, acompanharam 1.600 participantes (com média de idade de 71 anos) e revelaram que os mais solitários eram os que tinham maior dificuldade de executar atividades do dia a dia.

Mesmo quando o estudo levou em conta fatores socioeconômicos e de saúde, os solitários exibiam uma taxa de mortalidade mais elevada: quase 23% deles morreram em um intervalo de seis anos, comparados com 14% dos que não eram solitários.

Amizade salva vidas

Com fortes evidências da importância da amizade para salvar vidas e promover a saúde, é muito importante prestar mais atenção em seu papel. Mantenha contato com pessoas queridas, parentes ou amigos, seja por meio do telefone ou visitas. Estar perto de quem se ama afasta o medo da solidão.

Outro fator imprescindível é o de cuidar da sua vida espiritual. Busque participar de grupos do Centros de Ajuda e mantenha sua fé em prática, participando de palestras. Além de conhecer gente nova, você vai estar mais perto de Deus.

Participe hoje mesmo da reunião sobre saúde e bem-estar no seu Centro de Ajuda local. Desse jeito, você sempre vai estar saudável e rodeado(a) de amigos!

Data: Toda terça-feira
Horário: às 19h30 (também às 12h)

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