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Cada vez mais pessoas estão sofrendo fisicamente por um vício que, à primeira vista, parece inofensivo: a pornografia. De acordo com estudos da Universidade de Nottingham (Inglaterra), essa dependência faz com que homens jovens sofram com disfunção erétil, além de problemas psicológicos.
“No passado, homens com disfunção erétil que nos procuravam eram mais velhos e o problema estava associado a diabetes, esclerose múltipla ou doenças coronarianas. Mas essa situação mudou”, afirma uma das psicoterapeutas mais respeitadas da Grã-Bretanha, Angela Gregory, responsável por alguns desses estudos.
De acordo com ela, atualmente homens com idade entre 18 e 25 anos que não possuem qualquer doença orgânica apresentam o problema. Tendo sido eles avaliados por clínicos e especialistas sem sucesso na resolução do problema, chegam à Angela buscando uma solução e descobrem que o problema é psicológico.
“Por isso, uma das primeiras perguntas que faço aos pacientes é sobre o volume de pornografia que consomem, bem como os seus hábitos de masturbação. Isso pode ser a raiz do problema para entender por que não conseguem manter uma ereção”, afirma a especialista.
Ela relata que quando a pessoa se conscientiza desse vício e assume o compromisso de mudar os seus hábitos, a saúde física se restabelece.
Lado espiritual
A dependência em materiais pornográficos não tem como consequência apenas problemas físicos, mas também espirituais. Viciados em pornografia esperam que possam fazer o mesmo que veem nos filmes, e acabam se tornando incapazes de manter uma relação íntima adequada. E a explicação para esse problema é fácil de ser encontrada:
“Essa expectativa irreal que se cria em respeito ao sexo. Muitos homens desejam que a mulher faça aquilo e ele não se lembra que aquelas pessoas são atores, são atrizes, que ele nunca vai conseguir aquilo”, afirma a escritora Núbia Siqueira, em vídeo publicado no canal “Obreiros em Foco”. “A indústria pornográfica trata homens e mulheres como bobos. Ele compra um produto, ele compra uma ideia que não pode ser aproveitada novamente na vida dele. Ele vai ficar sonhando, desejando e não pode reproduzir.”
Tudo que é consumido pelos olhos permanece armazenado dentro de cada um e influencia nossos atos. Assim, o grande volume de pornografia faz com que homens e mulheres desejem reproduzir, na vida real, o que viram em vídeos e fotos. A não possibilidade disso tem como consequência a incapacidade de manter a relação sexual com o cônjuge.
Além disso, conforme aumenta o consumo desse tipo de material, aumenta também a necessidade de coisas “diferentes” para obter a resposta desejada do próprio corpo. “Elas começam a ter uma dependência tão grande e cada vez mais o desejo vai crescendo e a pessoa vai procurando cenas mais fortes, cada vez coisas mais fortes, como em um vício da droga”, afirma Núbia. “É como se a pornografia fosse a antessala de outros pecados que vão surgir. A pessoa olha, deseja, e dali vai vir a masturbação, vai vir o adultério, a prostituição e muitos outros pecados.”
Cura
Embora seja difícil para um viciado abandonar o seu vício, essa conquista depende apenas dele mesmo. O bispo Domingos Siqueira, esposo de Núbia, explica:
“Você encontra, por exemplo nas redes sociais, muita prostituição. Você encontra muita sujeira, muita coisa ruim. Mas você só vai entrar naquilo ali se você quiser, porque se aparece diante de você para clicar, para entrar, quem manda na sua mão é você. Então você tem o poder de decisão.”
O casal explica que a única maneira de se libertar da dependência é tomando uma decisão rigorosa a respeito do assunto, mesmo que a abstinência venha. O primeiro passo, fundamental, é procurar ajuda, conversando com alguém do mesmo sexo. “Procure o pastor, procure uma pessoa que realmente possa lhe ajudar. Você deve confessar, se arrepender, confessar para Deus, que Ele perdoa”, destaca Núbia.
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