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Responda rápido: o que você tem priorizado na sua alimentação? O dia a dia está tão corrido que você nem percebe o que está consumindo nas refeições? Pois bem, é hora de refletir sobre o que anda colocando em seu prato e avaliar o que precisa ser mudado.
O objetivo de uma alimentação balanceada vai muito além do emagrecimento. Ela é a base do funcionamento adequado do organismo e da prevenção de várias doenças. Em contrapartida, quando está desequilibrada, pode acarretar inúmeros problemas, entre eles os associados ao coração e aos vasos sanguíneos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares são tão graves que correspondem à primeira causa de mortes no mundo. Elas causam o dobro de óbitos de todos os tipos de câncer juntos e 6,5 vezes mais do que todas as infecções, incluindo a Aids. Só neste ano, mataram mais de 258 mil brasileiros, o que corresponde a um óbito a cada 40 segundos. Os indivíduos pertencem a todas as faixas etárias.
As patologias cardiovasculares fazem parte do grupo do Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que inclui a hipertensão, o colesterol alto, as doenças isquêmicas do coração (como o infarto), as cerebrovasculares (como o acidente vascular cerebral, o AVC) e as circulatórias.
Entre os fatores de risco estão o sedentarismo, o tabagismo e, principalmente, a alimentação inadequada, rica em gorduras, sódio e açúcar. Quando em excesso, as placas de gordura obstruem as artérias e os vasos sanguíneos, ocasionando, por exemplo, o infarto e o AVC.
Problemas crônicos
Vários estudos também demonstram a relação entre alimentação e outras DCNTs, como diabetes, triglicérides elevado e alguns tipos de câncer, por exemplo.
O diabetes tipo 2, adquirido pelo consumo em excesso de açúcar, atualmente é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um grave problema mundial. O número de diabéticos no mundo triplicou em três décadas (em 1980, eram 108 milhões de pessoas com a doença; em 2014, o total foi de 422 milhões).
Dados da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) revelam que os casos de morte por doenças cardiovasculares chegam a ser três vezes maiores na faixa dos 40 anos entre pessoas com maior concentração de gordura abdominal, ou seja, aquelas que se alimentaram rotineiramente de produtos com alto teor de gordura.
Doenças gastrointestinais, como gastrite, úlcera e esofagite, também estão relacionadas ao consumo de alimentos inadequados, como refrigerantes, frituras, condimentos e embutidos.
Há ainda aqueles problemas decorrentes do baixo consumo de nutrientes, como a anemia, ocasionada pela falta de ferro, e a osteoporose, causada pela ausência de cálcio.
A obesidade também é fator de risco para o surgimento de doenças crônicas, tendo em vista a quantidade de alterações que gera no organismo, decorrentes da má alimentação associada ao sedentarismo.
Atualmente, ela é uma doença classificada como um problema de saúde pública, já que mais de um terço da população mundial está acima do peso, segundo a OMS.
As armadilhas
A gordura capaz de obstruir veias e artérias está principalmente em produtos processados, congelados e guloseimas açucaradas. As gorduras saturadas e trans, por exemplo, facilitam o aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuem o nível do bom (HDL) no sangue, favorecendo o entupimento de válvulas e artérias.
Eles também contêm muito sódio e açúcar. O sódio leva os vasos sanguíneos à vasoconstrição. Já o açúcar desregula a insulina produzida pelo pâncreas.
Conscientização desde cedo
Enquanto os adultos apresentam problemas de saúde mais cedo em razão do frequente consumo de alimentos processados, as crianças de hoje também estão propensas a apresentar doenças a curto ou longo prazo.
Isso porque, de acordo com o Ministério da Saúde, 33% das crianças com mais 4 anos de idade consomem nas refeições mais gordura e 70% mais sódio do que a recomendação diária. Então, para mudar os hábitos delas, a participação da família é indispensável.
Não se estresse
Se você está procurando se alimentar adequadamente, mas leva uma vida bastante estressante, fique atento: o estresse anula os efeitos de uma dieta saudável.
Essa afirmação é resultado de um estudo feito pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, publicado no jornal norte-americano Molecular Psychiatry.
Durante a pesquisa, mulheres que tomavam um café da manhã de alto teor calórico, mas repleto de gorduras “saudáveis”, depois de um evento estressante, não tiveram suas calorias queimadas e ainda apresentaram maiores indicadores no sangue para inflamações e probabilidade de acúmulo de placas nas artérias, como se tivessem consumido gorduras “ruins”.
Se você quer mais dicas para viver uma vida saudável, participe de nossa reunião da Saúde, que acontece todas as terças-feiras, no seu Centro de Ajuda local.
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