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Extremistas do grupo Hamas iniciaram uma grande ofensiva, com milhares de mísseis e invasões por mar, terra e ar
O sábado (7 de outubro) começou com uma ação sem precedentes do grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, contra Israel. Nas primeiras horas da manhã foram lançados milhares de mísseis partindo de Gaza em direção ao território israelense.
O Hamas é um movimento islamista palestino que governa a Faixa de Gaza desde 2007 e conta com o apoio do Irã. É considerado uma organização terrorista por Israel, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia. O grupo não reconhece o Estado de Israel e defende a criação de um Estado palestino independente em todo o território da Palestina histórica.
Segundo as Brigadas Al-Qassam, braço militar do Hamas, foram disparados 7.000 mísseis em direção a Israel. Um grande número foi abatido pelo sofisticado sistema de defesa antiaérea israelense, o Domo de Ferro, mas isso não foi suficiente. Mísseis caíram em áreas residenciais em diversas cidades, incendiando prédios e carros.
Enquanto Israel era bombardeada, terroristas do Hamas invadiam o território do país por terra, ar e mar. Fontes disseram à emissora de TV Al Jazeera que cerca de mil palestinos conseguiram se infiltrar em Israel. Um vídeo publicado no X (antigo Twitter) mostra um homem em um parapente motorizado. Também foram vistos homens rompendo as cercas da fronteira e passando a pé ou em jipes. Armados e em solo israelense, eles renderam civis e militares. Corpos foram vistos nas ruas de diversas cidades.
Localizada a cerca de 1 km da fronteira de Gaza, a cidade de Sderot foi um dos primeiros alvos dos terroristas. Uma emissora de TV local relatou que várias pessoas haviam ficado feridas em confrontos entre forças israelenses e integrantes do Hamas dentro e fora de uma delegacia, em Sderot.
Uma moradora de Sderot descreveu a situação logo no começo da manhã à KAN (Corporação Israelita de Radiodifusão Pública). “Acordamos às 6h30 com alarmes. Pensamos serem os ataques de foguetes usuais, mas começamos a ouvir tiros na rua, eles pareciam vir do estacionamento de nosso prédio. Então percebemos que algo estava incomum. Depois, começamos a ver integrantes do Hamas em caminhonetes. Eles bateram em casas de moradores, que pensaram serem soldados israelenses. Eles os mantiveram como reféns”, contou Shoval Kahlon, que estava em um abrigo antiaéreo.
“Carros abandonados, outros explodidos, o barulho de explosões e o cheiro de fumaça de incêndio. Caos nas estradas do sul”, escreveu o jornalista Bar Peleg no X.
Por volta do meio dia, 22 locais ainda registravam confrontos entre o Exército e radicais islâmicos, sendo que, em Be’eri e Ofakim, havia situações com reféns, segundo as Forças de Defesa de Israel.
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