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Fintechs: um novo jeito de se relacionar com o dinheiro

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fintechCom a chegada das fintechs, em 2014, no mercado financeiro, a frase “crise gera oportunidade” veio à tona e revolucionou o Brasil. O Nubank, o cartãozinho de crédito roxo, sem anuidade, foi um dos pioneiros. Logo surgiram Neon, Original, Inter, Guia Bolso, Tá Pago. Hoje são 250 fintechs em expansão desde 2016.

O que é?

As fintechs são empresas com tecnologia mobile que inovam na prestação de serviços financeiros. Algumas oferecem abertura de contas, cartão de crédito, empréstimos, organizadores financeiros e tudo por meio do celular. O processo é rápido e simples: foto da documentação, selfie do solicitante, assinatura digital, análise e 10 minutos depois você já é cliente.

As diferenças para os bancos tradicionais vão desde o sistema digital, sem agências ou gerentes, até as taxas mais baixas ou de custo zero. Também se destacam pelo olhar social, com oportunidades para pessoas com baixa movimentação financeira.

Na cobrança de dívidas elas têm uma abordagem diferente e oferecem também investimentos para pequenas empresas.

Diretor do Grupo Conexão Fintech, José Prado avalia que as fintechs são mais seguras do que os bancos e oferecem menor possibilidade de fraudes na documentação. “Entregar documentos de forma digital é mais seguro. Nas agências até o gerente pode fraudar informações da conta”, diz.

Prado acredita que essa revolução surgiu graças às mudanças do comportamento do brasileiro quanto ao dinheiro. “No Brasil temos quatro gerações. Duas, com idades entre 45 e 90 anos, que viveram na inflação e têm medo de bancos, fraudes. Na sequência os millennials, pessoas com idades entre 16 e 30 anos, que gostam do mundo digital, já experimentaram os bancos; e os nativos digitais, com menos de 16 anos, que querem enviar um pagamento assim como enviam um WhatsApp.”

Para que todos integrem a nova plataforma de lidar com o dinheiro, José afirma que é preciso desenhar um tipo de tecnologia eficiente para cada geração.

Gostei e agora?

A especialista em educação financeira Maiara Xavier explica que o primeiro passo para escolher uma fintech é pensar se ficará confortável em resolver tudo de forma digital. Ciente disso, o cliente deve procurar informações para verificar a procedência do serviço. “Não é porque são digitais que não são seguros, é como qualquer outra empresa da qual vamos usufruir os serviços. Devemos pesquisar sua reputação no mercado, a opinião de amigos, clientes e não cair em promessas fora da realidade, como dinheiro fácil. É importante verificar também nos órgãos reguladores se a empresa está devidamente cadastrada”, diz.

Maiara reforça que o ideal é optar por empresas cadastradas nesse sistema.

Mesmo com as vantagens, é preciso ter cuidado na hora de usar os limites generosos e evitar dívidas. A especialista lembra do uso consciente do cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos. “Nunca atrase o pagamento da fatura do cartão nem use o cheque especial como extensão do seu salário. Se não conseguir pagar, pesquise empréstimos mais baratos e cubra essas despesas”, adverte.

Se você quer ouvir mais dicas sobre o mundo financeiro e aprender a poupar melhor seu dinheiro, participe de nossas reuniões do Projeto Independência, que são realizadas todas as segundas-feiras, no seu Centro de Ajuda local.

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