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E se a desobediência for mais forte que a criança?

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E se a desobediência for mais forte que a criança?

Em uma sociedade cheia de informações e que se renova todos os dias, é cada vez mais difícil criar os filhos. Os pais precisam estar atentos a tudo o que as crianças fazem e consomem, orientá-las no caminho correto sem se tornarem “inimigos” delas.

Um dos problemas que têm se apresentado cada vez mais frequentemente na relação entre pais e filhos é o Transtorno de Oposição Desafiante (TOD), um complexo psicológico caracterizado por uma atitude desafiadora e até mesmo hostil dos filhos em relação a seus pais.

O ser humano em idade escolar está constantemente passando por grandes mudanças em sua vida, quer sejam corporais ou psicológicas. É nessa idade também que o TOD costuma se apresentar. Entre os sintomas estão:

– Vontade de vingança ou retaliação;

– Hostilidade injustificada;

– Discussões frequentes em diferentes ambientes, como escola e em casa;

– Pensamento negativo;

– Dificuldade em acatar e obedecer regras;

– Teimosia constante.

Outro comportamento comum em quem apresenta TOD é a irritação que nunca vai embora. Ataques de raiva e agressividade são constantes. Ao contrário da bipolaridade, porém, esse transtorno não apresenta alterações bruscas de humor. Ou seja: a irritação é permanente.

Como os pais devem agir

O TOD deve ser diagnosticado e tratado por um médico, que pode ser um pediatra ou um clínico geral, ou por um psicólogo ou psiquiatra. Mas, à parte a ajuda clínica, os pais também têm papel fundamental ao lidar com essa situação. Se descontrolar diante do descontrole dos filhos, por exemplo, é algo que não deve acontecer.

Há alguns meses, uma mãe encaminhou a seguinte pergunta ao blog do escritor e palestrante Renato Cardoso:

“Minha filha de 6 anos está muito rebelde. Quando eu falo para ela fazer alguma coisa, por mais simples, ou quando ela me pede algo e eu não dou, ela faz um escândalo — grita, chora, diz que eu não a amo. Eu fico nervosa e começo a discutir com ela.”

“Uma coisa que os pais precisam saber é que eles não devem entrar em discussão com os filhos pequenos. Essa mãe, por exemplo, quando começa a discutir com a filha de 6 anos, se rebaixa à idade dela — ou eleva a criança ao nível de adulta”, respondeu Renato.

Essa é a reação de muitos pais: discutir, argumentar com alguém que sequer desenvolveu plenamente a sua capacidade de raciocínio e juízo. Evidentemente, dessa discussão não podem sair bons frutos.

De acordo com o que o palestrante ensina, os pais devem demonstrar a sua autoridade dentro de casa. Discernir o que é bom ou não para os filhos e fazer as regras estabelecidas serem cumpridas. É claro que, muitas vezes, as crianças não gostarão da decisão. Todavia, isso não é motivo para iniciar uma argumentação.

“Qual foi a última vez que você discutiu com uma autoridade? Com um guarda de trânsito, um médico ou um juiz? Você simplesmente acata a autoridade deles, porque sabe que discutir é em vão”, afirma Renato. “Você pode até discordar da decisão deles, e procurar recursos apelativos, mas discutir ali na hora só irá piorar a sua situação. E as autoridades também sabem disso. Por isso elas não descem o seu nível para reagir às provocações dos que as rejeitam.”

Saiba mais sobre as melhores maneiras de se relacionar com os seus filhos na reunião que dedica especial atenção às famílias, todas as quartas-feiras, no seu Centro de Ajuda local.

Data: Toda quinta-feira
Horário: às 19h30 (também às 7h, 10h, 12h e 15h)

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