Eu não tenho tempo!, uma mulher estressada,
Ela é limpinha, cheirosa, bonita, aconchegante, e te dá prazer em receber visitas… ela é o seu cantinho nesse mundo. Tudo sobre o seu lar fala: os móveis modernos ou clássicos, as cores sóbrias ou vivas, o conforto ou a beleza, a simplicidade ou os muitos adornos, as cores frias ou quentes, a decoração ou a praticidade, enfim, tudo no seu lar fala de você, mas não só isso, ele também mostra o seu amor para com quem mora ali.
O que me intriga, no entanto, é ver quantas mulheres não se dão conta disso. Elas não veem esse cantinho como seu, mas sim uma casa, um lugar para dormir, comer, e ficar nas horas de descanso. Suas casas não têm personalidade própria, são muitas vezes malcuidadas, mal organizadas, mal planejadas. Quando o assunto vem à tona, normalmente dentro de uma discussão com o marido ou a mãe, essas mulheres logo apresentam o cartão “Eu não tenho tempo!”. Na verdade, o que elas estão dizendo é que não se importam nem consigo mesmas, muito menos com as demais pessoas que moram ali.
As mulheres das gerações passadas tinham muito mais consciência disso, e se preparavam para serem boas donas de casa desde cedo na vida. Aprendiam a limpar, organizar e decorar a casa. É por isso que existe aquele termo “rainha do lar”, pois a mulher no passado se sentia assim, e o seu marido prazerosamente a tratava assim também. A mulher tinha prazer em saber cozinhar, em cuidar das roupas do seu marido, em ser prendada…
Na casa, quem mandava era ela. Era ela quem decidia o que seria para o almoço e jantar. Era ela quem organizava onde tudo deveria ficar. Era ela quem fazia as compras e levava os filhos à escola. Era ela quem mantinha o seu lar em ordem.
Hoje, esse cuidado com o próprio lar é mal olhado por muitas, que já logo pensam no termo “machismo”. Pois é, hoje cuidar do seu lar é ser machista, aliás, cuidar da família também é – chegam a ter orgulho de dizer que não sabem fazer nada em casa. Mas o que tem uma coisa a ver com a outra? Qual é o problema de você cuidar da sua família, do seu marido, das coisas dele? Se não faz isso, como é que você cuida de quem você ama???
Já consigo até ver algumas leitoras gritando comigo:
Mas eu trabalho fora, não tenho tempo para cuidar da minha casa! Por que isso só é esperado da mulher?
O homem até que poderia ajudar, mas sejamos sinceras, não é nenhuma novidade que nós mulheres sabemos cuidar de um lar bem melhor do que eles! As poucas vezes que o Renato fez a cama, eu tive que ir depois, escondidinha dele, e ajeitá-la, kkkkk!
Por milhares de anos, essa era uma de nossas maiores responsabilidades. Por isso, desenvolvemos várias habilidades, como por exemplo: somos detalhistas, organizadoras, planejadoras, decoradoras, sensíveis, e temos uma visão aguçada quanto a tudo de beleza.
Você pode até dizer: Eu não tenho essas habilidades! Sou péssima dona de casa, não sei cozinhar, odeio passar roupa, e me canso facilmente de fazer uma limpeza.
Não é que você não tenha essas habilidades, o problema é que você, como a maioria das mulheres de hoje, tem se deixado levar pela mentalidade de que cuidar de uma casa é machista. Quando você vê algo com maus olhos, logo perde a motivação de tê-lo.
Em contrapartida, você tem buscado desenvolver as habilidades que os homens têm, e não as suas… e sabe quais são as consequências disso? Você tem sido uma mulher estressada, rixosa, mal-humorada, irritada, agressiva, e até insensível para com as pessoas ao seu redor. Não que os homens sejam assim, mas por serem menos emotivos, conseguem lidar muito melhor com o estresse da vida fora de casa.
Isso não quer dizer que não possamos trabalhar fora, estudar ou prosseguir com uma carreira, mas precisamos entender que mesmo com tudo isso, não podemos deixar de ser rainhas do lar. Tirar tempo para cuidar do lar é tirar tempo para si também! É tão bom sair do quarto de manhã e dar uma última olhadinha para admirar a sua cama arrumadinha… é tão bom sentir aquela sensação de deitar em um lençol limpinho e cheiroso… se enxugar com toalhas macias depois de um banho no fim do dia… saber o que tem nos armários e nas gavetas! Ah, sem contar o gozo de ver o seu marido chegar a casa e suspirar: “Enfim, sós.”
Temos direitos iguais sim, mas não somos iguais. Temos habilidades diferentes, pensamos de forma diferente, atentamos para coisas diferentes…
Para a maioria de nós, um homem correndo atrás de uma bola de futebol não chama atenção, a não ser que ele esteja jogando pelo nosso país. Para a maioria dos homens, não faz sentido ter mais que dois pares de sapato.
Eu tenho prazer de ser diferente do Renato e ele tem prazer de ser diferente de mim. As nossas diferenças nos completam como casal. Ele cuida de mim e eu cuido dele. Cuidar do seu lar é cuidar de si mesma e de sua família.
Na fé.
Cristiane Cardoso
cristianecardoso.com
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