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Namorada ou mãe?

Em cada mulher, Terapia do Amor, tipo de comportamento,

namorada ou mãeUma vez ouvi a mãe de um rapaz de quase 30 anos dizer que ele precisava de uma moça esforçada, estudiosa e bem resolvida, que o colocasse na linha. Aquela senhora pensava exclusivamente no bem-estar de seu filho e não nas dificuldades que a garota comprometida teria ao tentar ajudar o preguiçoso, procrastinador e indeciso quanto à vida profissional a entrar no eixo.

É claro que a mãe sempre quer o melhor para seu filho, mas muitas vezes esquece de educá-lo para cuidar daquela que será sua futura esposa, e não para ser carregado por ela ou apenas receber seus cuidados.

Em cada mulher existe esse perfil acolhedor e protetor, o que é muito bom, faz parte de sua natureza. Ter empatia e se preocupar com as necessidades dos outros são, sem dúvida, características que todos deveriam ter. Mas em excesso, no relacionamento, pode ser a receita para o fracasso amoroso.

Algumas cuidam demais do parceiro, que nem marido é. São namoradas que assumem os compromissos do homem e resolvem tudo para ele. Pagam suas contas, fazem comida para ele, lavam suas roupas, agendam médico, compram o que for preciso e por aí vai. O pior é que a sociedade “romantiza” esse tipo de comportamento das mulheres e as faz pensar que só são apenas pessoas amáveis demais, que sabem se doar e dão a vida pelo parceiro.

Certos rapazes mais acomodados vão se atrair exatamente por este tipo de parceira porque sabem que podem tirar vantagem, receber tudo e dar muito pouco em troca. Outros, porém, se sentirão sufocados porque não querem uma mãe e sim uma namorada e companheira.

Para Margarete Volpi, psicoterapeuta familiar e de casal, “às vezes os casais encontram um encaixe nesse modo de funcionar, no entanto, isso nem sempre é sinônimo de felicidade, porque é muito difícil se sentir atraída pelo filho ou pela filha”, diz a psicóloga.

O namoro é exatamente um tempo de troca e de conhecimento um do outro. É preciso que haja um ambiente onde cada um desenvolva seu papel, permita que seu companheiro também desenvolva o seu e juntos possam identificar como suas características pessoais podem se desenvolver e contribuir para que aquele relacionamento dê certo e tenha futuro.

No livro Namoro Blindado, os autores Cristiane e Renato Cardoso comentam o assunto. Eles acreditam que os homens não precisam de mulheres que os tornem dependentes, mas que os faça lutar pelo que querem na vida pessoal e a dois. “Homens até namoram a mulher útil, enquanto podem fazer uso dela, mas no final acabam se apaixonando pela mulher que os deixa trabalhar pelo relacionamento”, descrevem no livro.

É preciso demonstrar que se ama e que se importa com as necessidades do parceiro, independentemente da fase do relacionamento. Mas cuidar não é assumir o lugar do outro e sim amar a ponto de querer bem, de desejar ver o outro crescer e amadurecer como pessoa. Assumir um papel que não é nosso é como usar um sapato bonito, mas apertado demais, que com certeza irá machucar seus pés.

Se você está enfrentando dificuldades em seu relacionamento e quer auxílio para superá-las, participe de nossas reuniões da Terapia do Amor, que acontecem todas as quintas-feiras, somente no Teatro Rainbow.

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